«É um setor muito dinâmico e ativo, com novas tecnologias, novos mecanismos, novas técnicas a surgirem todos os dias», afirma. «Todos os dias aprendo algo novo e adquiro mais conhecimentos.»
Nos próximos anos, Jaime Celaya trabalhará no ambicioso plano da Iberdrola que tem como objetivo construir uma extensa rede de 19 centrais solares fotovoltaicas e três parques eólicos terrestres em Espanha, em Portugal e na Alemanha. «Temos abundância de luz solar, água e vento, que são os componentes essenciais para a produção de energias renováveis», refere Jaime Celaya. «O investimento nestes recursos e nas energias renováveis é indispensável para os países poderem reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa.»
Com uma capacidade de quase 2,2 gigawatts, as novas instalações terão potencial para produzir até 4 terawatts-hora de eletricidade, um valor equivalente ao consumo médio anual de energia de mais de um milhão de agregados familiares. Setenta por cento das centrais serão localizadas em zonas rurais afetadas pela transição industrial para a neutralidade climática e em regiões onde o rendimento per capita é inferior à média da UE.
«Oferecemos formação às pessoas destas regiões, dotando-as dos conhecimentos e das competências de que necessitam para operar, construir e trabalhar em centrais de energia solar e em parques eólicos», explica Jaime Celaya. «Os novos projetos promoverão o crescimento e o emprego nestas regiões, permitindo-lhes desenvolver mais projetos.»
Assegurar um aprovisionamento energético estável
A incorporação de energias renováveis nas nossas redes é difícil pelo facto de não produzirem eletricidade de forma consistente. Ao contrário das centrais a combustíveis fósseis ou hidroelétricas, que produzem eletricidade a pedido, os painéis solares e as turbinas eólicas dependem das condições meteorológicas e da localização. Tal significa que produzem quantidades variáveis e parcialmente previsíveis de eletricidade, o que dificulta a manutenção de um aprovisionamento estável e consistente pelas nossas redes energéticas. Trata-se do denominado desafio da integração das energias renováveis.
Para resolver este problema, alguns dos projetos fotovoltaicos da Iberdrola incluirão a hibridação com um sistema de baterias, mediante a combinação de duas fontes diferentes, como a eólica e a solar, com o armazenamento de energia, a fim de assegurar um aprovisionamento energético mais estável e fiável.
«Com os sistemas híbridos, construímos centrais fotovoltaicas junto a um parque eólico», afirma Jaime Celaya. «Quando não há luz solar, podemos produzir energia a partir do vento, e, quando não há vento, podemos produzir energia a partir do sol. Desta forma, utilizamos a mesma infraestrutura e evitamos a necessidade de construção adicional. Com a utilização de baterias, podemos poupar mais energia produzida a partir do vento e do sol e colocá-la no mercado quando não há vento ou sol ou quando não há produção.»